PsicoeducaÇÃo relacionada ao transtorno bipolar como adjuvante À adesÃo ao tratamento farmacolÓgico: revisÃo de literatura
PSICOEDUCAÇÃO RELACIONADA AO TRANSTORNO BIPOLAR COMO ADJUVANTE À ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: REVISÃO DE LITERATURA
Orientador: MARYLDES LUCENA BEZERRA DE OLIVEIRA
Coautor(es): RUTH NOBRE DE BRITO, SARANÁDIA CAEIRA SERAFIM, GISLAINE LOIOLA
SARAIVA FREITAS, MICHELLE SHEYLA GONÇALVES LÔ
O Transtorno Bipolar (TB) é uma patologia episódica de curso crônico, incapacitante e de
caráter variável, tendo repercussão comumente de prejuízo na interação no meio psicossocial,
cuja particularidade esta predominantemente relacionada ao envolvimento das alterações do
humor acompanhadas de modificações de punho fisiológico e comportamentais
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2000, GOODWIN e JAMISON, 2007).
Anteriormente, até pouco tempo o TB era denominado de psicose maníaco-depressivo,
caracterizado pelas oscilações da fase maníaca a depressiva e vice-versa, com a modificação
da classificação do nome, o transtorno passou a ser considerada uma perturbação afetiva e
não mais a ser denominada de perturbação psicótica (LARA, 2009).
Santin et al., (2005) afirmam que o TB representa um sério problema de saúde publica pela
grande associação do transtorno com as altas taxas de mortalidade por suicídio com
prevalência de 1,5% em associação ao alto risco de mortalidade dos pacientes que tentam o
suicídio com 25% em alguma fase da vida.
Segundo Figueiredo et al., (2009) e Baratto et al., (2008) atualmente, o transtorno bipolar é
tratado com terapia farmacológica, desde a utilização de agentes farmacológicos como o uso
do lítio, a terapias com antipsicóticos, antidepressivos e anticonvulsivantes são os principais
agentes farmacológicos administrado no transtorno em questão.
No entanto, mesmo com o tratamento farmacológico recaídas na adesão ao tratamento pelos
portadores de transtorno bipolar pode ser visto, com taxas de 47% em alguma fase do
tratamento (BARATTO et al., 2008). Em presença, deste problema, o domínio psicossocial é
uma nova forma de intervenções ao transtorno bipolar, com a combinação a terapêutica
farmacológica (COLOM e VIETA, 2004).
É nesta visão que a psicoeducação se insere, possibilitando que o paciente tenha a habilidade
de compreender as características pessoais e do transtorno, assim, conhecendo detalhes do
estado patológico, a adesão ao tratamento torna-se mais fácil a sua execução (FIGUEIREDO
Tendo em vista a resistência ao tratamento farmacológico por parte dos pacientes com
transtorno bipolar, observou-se a importância da psicoeducação na melhora do quadro clinico
Portanto, o presente manuscrito tem por objetivo analisar a abordagem da psicoeducação no
transtorno bipolar relacionado à adesão ao tratamento e suas consequências no tratamento.
Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica durante o período de Agosto a Outubro de 2013,
utilizando como base para a coleta de dados, artigos originais e de revisões sobre a temática,
dos últimos dez anos, mapeados nos sites eletrônicos do Scielo, Lilacs e Bireme, a partir do
cruzamento das palavras-chaves transtorno bipolar, psicoeducação e adesão ao tratamento.
Foram respeitados todos os direitos autorais perante a Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,
no qual garante ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.
A psicoeducação pode ser vista como uma modalidade de intervenção que tem como
principal meta a adesão ao tratamento, à mesma se dispõe do fluxo de informações entre o
profissional de saúde e o paciente (FIGUEIREDO et al., 2009). Os mesmos autores ainda
afirmam que a metodologia utilizada nesta modalidade é a abordagem teórico pratica, por
meio de recursos, tais como, audiovisuais, folders, filmes, livros que sejam de fácil
compreensão a população leiga, esclarecimento por parte de palestras, entre outros, esta
diversidade de meios auxilia o paciente a aprender o funcionamento de sua patologia e a lidar
O papel da psicoeducação é praticamente educativo desde o início até o final do tratamento
com sessões de esclarecimento, sessões estas individuais ou coletivas, com a temática voltada
a duvida do individuo ou a coletividade, sendo que a função do profissional de saúde é educar
e tornar familiar ao paciente a sua relação com os problemas, implicações e consequências da
Justo e Calil (2004) afirmam que a psicoeducação vai além da educação frente ao
esclarecimento das duvidas, a mesma objetiva a induzir o paciente a portar-se como
colaborador ativo no tratamento, este comportamento ativo ajuda o profissional de saúde nos
procedimentos tornando, assim a terapêutica mais efetiva em seus resultados.
Cheng e Chan (2005) reconhecem a psicoeducação como uma modalidade de fácil execução
e de caráter efetiva, ou seja, uma ferramenta profilática adicional ao tratar pacientes com
transtornos metais, como transtorno de ansiedade, transtorno depressivo, a esquizofrenia,
populações idosas com doenças metais e o transtorno bipolar entre outros distúrbios
Contudo é importante ressaltar que a farmacoterapia é o principal e indispensável tratamento
para o transtorno bipolar, consequentemente recentes publicações de vários estudos tem
demonstrado que as intervenções psicossociais em relação a adesão ao tratamento nos
últimos cinco anos, teve sua fase de consolidação em enfoques bem testados com estudos
mostrando a alta eficácia de programas para prevenir recaídas e possíveis hospitalizações
(POST et al., 2005, COLOM e VIETA, 2004).
Segundo Santin et al. (2005) as taxas de não adesão em pacientes com transtorno bipolar são
altas, representado 47% em alguma fase do percurso do tratamento ou em um intervalo de
dois anos de 52%, enquanto, que os tratados com lítio, inicialmente, permanecem com a
terapêutica em um período somente por seis meses. Essas taxas de uma forma geral podem
vir a aumentar o numero dos episódios das fases maníacas e depressivas. Na fase maníaca as
recorrências são de 60%, por apresentarem falhas no uso da medicação no mês que antecedeu
a sua hospitalização. Já na fase depressiva, a não adesão do tratamento também aumentou
com predisposição a suicídio e ao internamento hospitalar (GREEN-HOUSE et al., 2000).
É neste cenário que a psicoeducação se introduz ao permitir que o paciente com transtorno
bipolar possa conhecer e reter informações sobre a terapêutica, de tal modo que possa
sustentar o plano terapêutico (FIGUEIREDO et al., 2009). Knapp e Isolan (2005) creem que
uma das principais metas da psicoeducação é a adesão á medicação, pois oferece ao paciente
conhecimento sobre o caráter do transtorno bipolar.
Esta aquisição de conhecimento por parte da psicoeducação ao paciente com transtorno
bipolar para adesão do tratamento foi validada por diversos estudos. O estudo de Peet e
Harvey (1991), com uma amostra de 60 pessoas, foi dividido em dois grupos, onde um dos
grupos receberia materiais explicativos sobre o uso do lítio com uma visita domiciliar,
observou-se que no final do tratamento, os pacientes que foram orientados, comparado ao que
não recebeu a orientação, demonstrou melhora no conhecimento da patologia e na adesão a
medicação, com resultados se mantendo após três meses.
No mesmo ano foi executado o estudo de Van Gent e Zwart (1991) um estudo de caráter
controlado com cônjuges dos pacientes com transtorno bipolar, cinco sessões
psicoeducacionais em grupo, nessas sessões o aumento do conhecimento da doença e
tratamento foram visto, porem, nenhum sucesso sobre a adesão a medicação foi notado.
Após 12 anos, foi realizado o estudo de Dogan e Sabanciogullari (2003), com uma amostra
de 26 pacientes bipolares sob o uso do fármaco lítio, com intervenções de três sessões
psicoeducacionais em grupos, evidenciou que a intervenção direcionada aos pacientes que a
receberam, apresentou aumento do conhecimento a respeito da doença e da medicação,
gerando, portanto maior adesão as medicações e aos tratamentos proposto pelo profissional
da saúde, a consequência desta intervenção psicoeducacional é o aumento do padrão da
Diante dos estudos apresentados anteriormente com diferentes períodos de execução, o alvo
principal da psicoeducação nada mais é, em uma esfera geral, do que a melhora da adesão ao
tratamento, que nos pacientes com transtorno bipolar se torno mais complicada, mesmo
quando eutímicos. Caso o paciente tenham entendido a natureza da patologia e seu papel
ativo no tratamento, a psicoeducação atingiu a meta (COLOM e VIETA, 2004, BASCO e
Portanto, há excelentes evidencias que sugerem que a psicoeducação é uma intervenção com
resultado eficaz no tratamento do transtorno bipolar, seja em sessões em grupo ou
individuais, com importante ênfase na combinação da terapêutica, psicoeducação e
farmacoterapia. Esta, portanto, em associação pode ser promissora no tratamento de pacientes
com transtorno bipolar (KNAPP e ISOLAN, 2005).
Portanto, diante das evidencias dos estudos realizados nas últimas décadas a psicoeducação é
a principal intervenção psicossocial para a maximização de informações sobre a patologia, a
adesão ao tratamento farmacológico e a melhora da evolução do quadro clínico dos pacientes
com transtorno bipolar, além de servir como modalidade terapêutica para outras condições
Os profissionais da saúde devem ter esta pratica presente, além da utilização dos
estabilizadores de humor para acrescer os benefícios em termos de reduzir o número de
recaídas e internações hospitalares.
Por esta, razão, a psicoeducação é tida como abordagem chave para seja qual for o tipo de
transtorno metal, o objetivo sempre será propiciar melhores condições de informações a
respeito da doença e consequente adesão ao tratamento.
O conhecimento tem importante papel no sentido de estimular e facilitar as mudanças de
hábitos na vida do ser humano. Espera-se que a presente pesquisa possa colaborar para o bem
estar dos pacientes com distúrbio bipolar, na perspectiva de melhorar a qualidade da
assistência de enfermagem na saúde mental.
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For Families Today, Technology Is Morning’s First Priority - NYTimes.comThis copy is for your personal, noncommercial use only. You can order presentation-ready copies for distribution to your colleagues, clients or customersor use the"Reprints" tool that appears next to any article. Visitfor samples and August 10, 2009 Breakfast Can Wait. The Day’s First Stop Is Online. Karl
Purim 5764 A Freilichen Purim Everyone. This coming Sunday is Purim, which celebrates our miraculous victory over the Persians who sought to destroy the Jewish Nation, well over 2000 years ago. It is interesting that the Sages chose to call this holiday Purim, which means "lots", a reference to the lots that were drawn by the enemy to determine the day to exterminate every Jewish